terça-feira, 18 de outubro de 2011

O PRIMEIRO APARTAMENTO A GENTE NUNCA ESQUECE

Depois de guardar aquele dinheirinho suado durante um tempo, finalmente você conseguiu comprar e recebeu as chaves do seu primeiro apartamento. Felicidade total, certo? Nem sempre.


Fonte: http://blog.abyarabr.com.br

Aqui vão algumas dicas para você, que optou por comprar um imóvel usado, observar antes de fechar o negócio. Isso pode evitar custos que não estavam programados.

De quantas tomadas você precisa para cada cômodo da casa?

Pergunta esquisita, não é mesmo? Mas ela faz todo sentido.

Atualmente utilizamos um grande número de equipamentos eletrônicos (celular, mp3, computadores, TV, DVDs, Aparelhos de Som, etc), sem contar os itens básicos como ar condicionado, geladeira, fogão, máquina de lavar, exaustor, entre outros. Já parou para pensar quantas tomadas você precisa para isso tudo sem causar uma sobrecarga no seu quadro elétrico?

Pois é. Quando for visitar seu possível futuro apartamento inclua na sua lista observar a quantidade de tomadas e interruptores que existe em cada cômodo e o quadro de luz existente. Lembre-se que o ideal para evitar acidentes é contratar um profissional qualificado para fazer uma avaliação e junto com o projeto de arquitetura incluir os pontos de tomadas, telefonia e TV a cabo nos lugares desejados de acordo com a utilização de cada espaço.

Você gosta do clima do verão brasileiro?

Não esqueça que o mesmo sol que deixa seu final de semana na praia inesquecível é o mesmo que deixará sua casa parecendo uma sauna.

Portanto, analise bem a insolação (movimento do sol ao longo do dia) antes de comprar seu apartamento. Se achar que vai compensar viver com todo o sol da tarde aquecendo sua casa não se esqueça de pensar que vai precisar de aparelhos de ar condicionado. Sejam eles os tradicionais modelos de parede ou splits. Para isso a parte elétrica, como falamos acima, é fundamental.

Peculiaridades de cada escolha podem pesar na decisão final. Por exemplo. Se optar pelos modernos splits você precisará incluir no custo de instalação não só a mão de obra do instalador, mas também a execução de duas tubulações (uma de dreno e outra para conectar a unidade interna com a externa). Sem elas o aparelho não funcionará. Caso prefira os tradicionais de janela (ou parede), você não pode esquecer que sua janela precisará de cortinas. E para usar um aparelho na janela você será obrigado a ter uma cortina interrompida (o que é horrível) ou simplesmente não tê-la, o que pode ser muito ruim para o piso, móveis e aparelhos eletrônicos por causa do sol.

Já ouviu falar que é bom evitar colocar a carroça na frente dos bois?

Esse ditado serve bem para quem pretende começar uma obra, seja o tamanho que ela tiver. Antes de se empolgar com as idéias que seu pedreiro ou seu melhor amigo te derem e sair quebrando todo o apartamento pense num conceito muito simples: – Para cada necessidade que teremos ao longo da vida será necessário um profissional experiente nesta questão para resolvê-la da maneira mais coerente.

Uma boa analogia para entendermos a dinâmica do projeto de arquitetura e a execução da obra é compararmos com os profissionais da área de saúde. Veja, cada especialidade da medicina cuida de uma área. Se temos ou sentimos algo em algum lugar do corpo logo vamos ao médico especialista naquele região e será ele quem dirá qual o melhor medicamento devemos utilizar. Se for algo mais grave e precisarmos de internação, o médico continuará prescrevendo os procedimentos necessários para o tratamento e o corpo de enfermagem fará de tudo para que o paciente se recupere o quanto antes.

Em uma reforma funciona da mesma forma. O proprietário vai descrever suas necessidades a um arquiteto. Este profissional ficará responsável por entendê-las e transformá-las em desenhos (conhecidos como plantas). Serão estas plantas que serão utilizadas pelos funcionários da obra para que tudo transcorra da melhor forma possível, visando sempre o prazo e o custo adequado para cada cliente.

Evite problemas com seus vizinhos antes mesmo deles te conhecerem

Imagina só o cenário. Aquele seu vizinho de porta que você ainda nem conhece, acorda pela manhã de sábado querendo ler seu jornal calmamente e de repente começa o barulho da marreta. De um pulo antes na casa dele, se apresente e conte que vai iniciar uma obra. Essa atitude será de grande valia e certamente poderá evitar problemas com ele já no início da obra. Afinal tem vizinho que reclama até de um alfinete caindo no chão e nada melhor que estabelecer a política da boa vizinhança.

Para isso a palavra de ordem é organização. Planejar muito bem antes de começar uma obra é fundamental. Evite o entre e sai de material, de entulho e de pessoas estranhas constantemente ao edifício.

Não se engane, obra que começa sem um projeto definido vai durar (e custar) em média duas vezes mais que aquela que tem um projeto. Portanto, não fique angustiado com o tempo que você julga estar perdendo enquanto o projeto está sendo desenvolvido. Este tempo é o ideal para que você consiga ponderar se o que está sendo proposto pelo arquiteto, apesar de lindo, é realmente o que você precisa no dia a dia.

Não tenha medo de pedir um tempo para analisar com calma o projeto que foi apresentado. No futuro você verá que este prazo foi realmente fundamental para evitar custos extras.

Lembre-se apenas que a grande maioria dos arquitetos cobrará extra por qualquer mudança que tenha sido solicitada após você ter aprovado um desenho.

domingo, 2 de outubro de 2011

Imóvel sem escritura? Veja quais são as alternativas para conseguir o documento

Fonte: Gladys Ferraz Magalhães
InfoMoney

SÃO PAULO – Diversos são os motivos que fazem com que uma pessoa compre e mantenha por anos um imóvel sem escritura, com o chamado Contrato de Gaveta. Muitas vezes, passam-se décadas e a pessoa não tem problema algum com isso, até a hora em que ela decide vender o imóvel.
A venda de um terreno, casa ou apartamento sem escritura é complicada. Isso porque há certa dificuldade de encontrar compradores, visto que muitas imobiliárias não fazem a intermediação da venda de bens nesta situação, bem como muitos bancos não aceitam financiar este tipo de imóvel, o que obriga o proprietário a ir atrás do documento.
“Quem não registra não é dono. Às vezes, a pessoa acaba protelando por falta de dinheiro, já que a escritura custa cerca de 4% do valor do imóvel, outras acreditam que nunca irão vender... Entretanto, quando passa muito tempo e a pessoa decide ir atrás da escritura, ela encontra diversas dificuldades, como não encontrar o dono antigo ou até mesmo saber que a pessoa faleceu e o imóvel acabou no inventário”, diz a diretora de imóveis usados da vice-presidência, comercialização e marketing do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Roseli Hernandes.

Alternativas
De acordo com Roseli, procurar o antigo dono ou os herdeiros, se este for o caso, para lavrar a escritura é a alternativa mais simples.
Para isso, explica a especialista em direito imobiliário do escritório Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida, Esteves Advogados, Dra. Rita de Cássia Serra Negra, a pessoa necessitará, além da presença das partes, de um título de compra, que comprove a negociação de compra e venda, para registrar o imóvel.
Se o antigo dono ou herdeiros não forem encontrados, ou se o atual proprietário não tiver posse de nenhum documento que comprove que ele comprou o imóvel, a alternativa para lavrar uma escritura passa a ser a Justiça, sendo que, neste caso, diz Roseli, o mais comum é mover uma ação de usucapião.

Usucapião
Segundo Rita, existem vários tipos de ações de usucapião, que variam conforme as características do imóvel, tamanho e se é urbano ou rural, por exemplo.
Atualmente, diz ela, as ações de usucapião para imóveis urbanos de até 250 metros são as mais utilizadas por quem quer obter a escritura de um imóvel. Neste caso, diz ela, basta que a pessoa comprove, por meio de contas, fotos e testemunhas, que reside na propriedade há pelo menos cinco anos, para conseguir o documento.
Contudo, alerta, o processo não é rápido, visto que é preciso citar as várias partes envolvidas na ação, demorando, em média, no mínimo um ano. No que diz respeito aos custos, diz a advogada, caso a pessoa não opte pela defensoria pública, os gastos iniciais giram em torno de 1% do valor do imóvel.