sábado, 28 de maio de 2011

Construção verde dá retorno financeiro


O setor das construções sustentáveis deverá crescer 53% até 2013, contra 27% no período de 2005 a 2008. O cálculo é da ONG Green Building Council Brasil (GBC Brasil), que estima que a cada R$ 1 investido na construção de edifícios sustentáveis, em 20 anos, R$ 15 são retornados, sendo deste total, 74% economizados em saúde e produtividade dos ocupantes, 14% na operação e manutenção e 11% no consumo energético e hidráulico.

Apesar do investimento com retorno garantido, nem sempre um produto sustentável custa mais caro. “Já temos opções no mercado da construção em que o custo adicional do produto verde é zero em relação a outro que não é”, comenta Bruno Casagrande, executivo responsável pelo desenvolvimento de negócios do Processo Aqua na Fundação Vanzolini. “Trabalhar com construção sustentável oferece inúmeros benefícios, como menor gasto de água e de energia, além da qualidade do próprio empreendimento e do conforto. Não é preciso voltar á pré-história para ser verde, já estamos bastante desenvolvidos nisso”, afirma.

Mas, para Ciro Scopel, vice-presidente de Sustentabilidade do Secovi-SP, a utilização de tecnologias e equipamentos “verdes” são mais adotadas por empresas de ponta do mercado, aquelas mais fortes e, portanto, com maior condição de investir em pesquisa e inovação. “A maioria das organizações do setor imobiliário situa-se em outro patamar. Conforme estimativas, pelo menos 80% das incorporadoras e construtoras são de médio ou pequeno porte”, afirma Ciro. “Além disso, cabe considerar que o segmento é integrado por outras atividades, como administração, locação, loteamentos, as quais também precisam estar alinhadas aos princípios da sustentabilidade”, finaliza.

Sustentabilidade na construção
No caso da construção civil, além de contribuir para a preservação do meio ambiente, o processo sustentável traz retorno econômico, explica o GBC Brasil. O custo da obra acaba sendo um pouco maior, porque utiliza tecnologias mais modernas, como sistemas de aproveitamento de águas pluviais e tratamento de água. Porém, esse valor gasto a mais é recuperado em pouco tempo. Os gastos são reduzidos a partir da diminuição do consumo de água (que gira em torno de 40%), do consumo de energia elétrica (30%) e a redução da produção de resíduos (que atinge 70%).

A construção sustentável baseia-se no tripé da sustentabilidade: deve ser ecologicamente correta, consumindo menos recursos e causando menor impacto ambiental. Além disso, deve ser socialmente justa, culturalmente aceita e economicamente viável. “É importante q o mercado procure empreendimentos que tenham o certificado, que passaram por auditoria, o que é diferente de uma pessoa que se autodenomina sustentável. É importante que o mercado procure isso”, finaliza Bruno.

Entre outras vantagens, a construção sustentável beneficia o meio ambiente de várias maneiras:
• o setor da construção civil é responsável por 42% do consumo de energia elétrica;
• 21% do consumo de água;
• 50% do consumo dos recursos naturais do planeta;
• 75% do consumo de madeira da região amazônica;
• produz 60% da massa de resíduos sólidos no Brasil

fonte:http://noticias.primeiramao.com.br
(Bárbara Vieira)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Empresas alugam prédios ainda em locação.

Para enfrentar o excesso de procura por imóveis corporativos de classe A na cidade de São Paulo, as empresas aumentaram o nível de pré-locação, informa reportagem de Felipe Vanini Bruning para a Folha
Esse tipo de contrato de aluguel é estabelecido antes mesmo da emissão do Habite-se pela prefeitura.
fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 23 de maio de 2011

NOVA ESTAÇÃO DE TREM DE CARAPICUIBA


ESTA É A NOVA ESTAÇÃO DE TREM DE CARAPICUIBA, INAUGURADA OFICIALMENTE NA SEMANA PASSADA COM A PRESENÇA DO GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN.

A ESTAÇÃO FOI MODERNIZADA E JA CONTA COM VARIOS TRENS NOVOS CIRCULANDO.

A CIDADE ESTA SE DESENVOLVENDO MUITO E EM POUCOS ANOS DOBRARÁ SEU POTENCIAL.

NA DIVISA COM COTIA, NA REGIÃO DA GRANJA VIANA, ESTA SENDO FINALIZADA A IMPLANTAÇÃO DO ALPHAVILLE GRANJA VIANA.

sábado, 21 de maio de 2011

Não há bolha no mercado imobiliário


Executivo com passagem pela Cyrela e Tishman-Speyer, Daniel Citron afirma em entrevista à revista Exame que o setor está apenas no início de um longo ciclo de expansão. Consultor diz que baixo endividamento é sinal de que não há bolha no Brasil
Em entrevista à gestora de recursos Rio Bravo Citron diz que o desequilíbrio de oferta e demanda explica os altos preços dos aluguéis de imóveis comerciais nas principais metrópoles brasileiras e diz que as incorporadoras terão de aprender a lidar com as pressões de custos na construção. Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
Pergunta - O Brasil está em uma bolha imobiliária? E se não está, como é que a gente vai saber quando chegar lá?

Citron - Eu não acho que é uma bolha. Estamos no início de um longo ciclo de expansão. O jeito de se ver uma bolha normalmente tem muito a ver com alavancagem, coisa que ainda não temos no Brasil. Estamos em uma época em que os negócios imobiliários são feitos com baixo índice de alavancagem. No mercado residencial, a gente já vê um pouquinho de financiamento a longo prazo. É isso que está levando a essa explosão de demanda e, por conseguinte, de preços. Mas não acho que isso seja bolha.

Pergunta - Você foi diretor financeiro da Cyrela nos anos 90 e presidente da Tishman no Brasil até recentemente. Como você vê o progresso do mercado imobiliário brasileiro nos últimos anos?

Citron - No Brasil, tudo demora a acontecer. Mas quando acontece, é mais rápido que na maioria dos lugares. A capacidade do empresário ou executivo brasileiro de se adaptar a situações novas é surpreendente. Eu acho que no mercado imobiliário, não é diferente. Há 10 ou 12 anos, tínhamos um mercado totalmente feito de empresas familiares, financiadas pelos mecanismos tradicionais e alguns fundos de pensão. Eram empresas pequenas, relativamente amadoras, sem nenhuma governança. De repente, o que a gente viu foi uma mudança brutal de paradigmas. Há vinte empresas de capital aberto, uma porção de fundos investindo aqui, negócios estruturados e fusões. Ainda não há os mecanismos financeiros que são vistos lá fora. Mas o fato é que, levando em consideração a velocidade com que isso aconteceu, até que as empresas se adaptaram bem. Faltam executivos, engenheiros, mestre de obras, equipamentos para obra... Mas é porque a velocidade dessa virada foi muito rápida.

Pergunta - Vamos falar dos dois maiores mercados do Brasil. Você acredita que Rio e São Paulo ainda têm potencial de crescimento no valor dos aluguéis comerciais? E os imóveis comerciais?

Citron - É difícil responder. Já temos áreas de escritórios em São Paulo e no Rio que estão sendo alugados por valores mais altos que na Park Avenue [em Manhattan], o que é uma coisa completamente louca. O preço está alto? Está. É sustentável? Se a gente imaginar que o que sustenta preço é sempre oferta e demanda, sim. Porque não tem oferta. A taxa de vacância em São Paulo e no Rio é a mais baixa da história. Enquanto isso não se resolver, os preços vão continuar altos e, eventualmente, até subindo. Quanto tempo isso vai durar? Se a gente tivesse fábrica de imóvel, que a gente pudesse ligar um botão e fazer jornada dupla fabricando imóvel, duraria pouco tempo. Mas para fabricar imóvel, demora três, quatro ou cinco anos. Então, eu acho que a gente ainda tem um tempinho pela frente de mercado em alta.

Pergunta - Como você compara o desempenho do mercado imobiliário de Rio e São Paulo e com as demais capitais do Brasil?

Citron - Fora desse eixo, está acontecendo muita coisa. Existe uma grande atividade, principalmente nos setores residenciais. Mas obviamente são lugares que estão em outro patamar de desenvolvimento em todos os sentidos. Brasília, por exemplo, é um mercado que está indo muito bem, assim como algumas cidades do Nordeste. No Brasil inteiro temos esse fenômeno da classe média emergente, que é a base de tudo. No setor comercial especificamente, ainda não temos um número suficiente de empresas grandes nesses outros lugares que justifique que aconteça algo parecido com o que se vê em São Paulo.

Pergunta - Na semana passada, a Cyrela reduziu a estimativa de lançamentos de imóveis. O que o Elie Horn [dono da empresa] está vendo na posição privilegiada dele na indústria?

Citron - Concomitantemente com o aumento dos preços dos imóveis, houve um enorme aumento no custo de construção. Quando é feito o orçamento de uma obra, às vezes se está no meio de um processo de alta de custos, que pode estourar o orçamento e reduzir as margens. Outras construtoras provavelmente vão anunciar o mesmo. Quando a margem cai, as empresas passam a ser mais seletivas e fazem menos empreendimentos. Não estou afirmando que a demanda caiu. Ainda há muita demanda para residencial. Mas vai haver uma seletividade maior na busca de negócios pelas incorporadoras.

Pergunta – As incorporadores estão com dificuldade de repassar a alta de custos para o preço final do imóvel?

Citron – Os preços vêm subindo. Mas tem uma questão de tempo, nem sempre as duas coisas acontecem simultaneamente. Vale lembrar que ninguém mostrou prejuízo até agora.

Pergunta - Há um número gigante de empreendimentos com entrega prevista para 2012 e 2013. A mão de obra está cara e escassa, e as construtoras falam em falta de terrenos. Vai haver um freio de arrumação ou a indústria vai passar por um pouso suave?

Citron - Eu acho que todo mundo vai ter que lidar com essa realidade. Todos vão ter de revisitar esse assunto e ver qual é a nova realidade, o que é normal. O mercado muda de patamar rápido e você tem que parar e pensar qual é meu novo modelo. Uma empresa que tem maior volume de repente aceita uma margem menor. Mas não sei qual vai ser o resultado final disso.

Pergunta - Para onde vai o mercado de fundos imobiliários? Eles vão se popularizar como investimento?

Citron - Acho ótimo o atual crescimento. Participei da gênesis desse mercado, com o lançamento de fundos como o JK Financial Center e a Torre Norte. A visão era a de facilitar a vida do investidor, achando um caminho para que indivíduos possam participar de grandes empreendimentos mesmo que não tenham um volume de dinheiro significativo. Isso já é realidade em todos os lugares do mundo, e a gente apostou que isso um dia aconteceria no Brasil. Acho que a popularização tem tudo para acontecer. Há uma série de vantagens, como um benefício fiscal e um nível de segurança dado pela gestão financeira. Para o empreendedor, é uma belíssima forma de financiar imóveis comerciais.

Pergunta - Vamos falar de shopping centers. Há 24 inaugurações previstas para este ano. Você acredita que ainda há espaço para o crescimento do setor?

Citron – Um potencial brutal. Eu acho que tanto o setor de shopping centers quanto o de varejo são muito promissores. A nova classe média emergente inclui milhões de pessoas que estão vindo para o mercado e querem comprar coisas.

Fonte: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/nao-ha-bolha-no-mercado-imobiliario-diz-especialista?page=1&slug_name=nao-ha-bolha-no-mercado-imobiliario-diz-especialista